Quando João Pedro Galvão veio para o Grêmio sua maior credencial era ter jogado na seleção italiana. Naturalizado, foi convocado para jogar na famosa Squadra Azzurra. Eis a justificativa para o alto investimento e o salário nada barato.
Foi uma convocação e uma participação, naquela eliminação na repescagem das eliminatórias para a Copa do Catar, diante da Macedônia do Norte: JP Galvão entrou no segundo tempo, mas, enfim, era a Itália. Era mesmo? Na tarde deste sábado (29), após escapar de cair na primeira fase da Eurocopa, sucumbiu paquidermicamente por 2 a 0 diante de Suíça, que trocou passes como se fosse o Manchester City. Nem chegou a competir nas oitavas de final. Surpresa?
A Itália ficou de fora da Copa do Catar, em 2022. Já não tinha ida à Rússia, em 2018. Ganhou a última Euro, nos pênaltis, naquela final contra a Inglaterra. Vinha bem, com longa invencibilidade, mas ficou provado que não passou de boa fase relâmpago, um lampejo, algo fora da curva. A realidade é essa modorra, com ataque inofensivo e marcação frouxa.
Foi para esta ex-Azzurra que JP Galvão foi convocado, o que talvez explique sua trajetória no Grêmio. Era uma credencial com matizes fake nesse sentido, por assim dizer, examinando o passado e o presente italiano.