Na minha coluna que saiu nesta manhã de terça-feira (23), falei que o duelo gremista em La Plata seria de sangue, suor e lágrimas. Pelos desfalques, não poderia ser só na bola. Teria de ser na alma, com sofrimento. Bingo. Só não imaginava os requintes: o Grêmio ganhou do Estudiantes por 1 a 0, com um jogador a menos. Villasanti foi expulso a 20 do segundo tempo. Só que o Tricolor tem Renato. Quanto mais dificuldades, mais coelhos saem da cartola. Tudo o que ele pensou deu certo na vitória que recoloca o time na luta pela classificação.
Sem Pavon, ele escolheu Galdino. Um meia forte e que marca, intermediário entre se fechar demais com Dodi e ficar perigosamente faceiro com Gustavo Nunes desde o início. Funcionou. Galdino marcou o lateral Benedetti, ajudando a travar o Estudiantes. Pepê defendeu muito. Lutou. JP Galvão sofreu como atacante, mas compensou na luta.
O Grêmio foi melhor o tempo todo. E, quando parecia o fim, na expulsão de Villasanti, o pulo do gato. Em vez de se retrancar com um a menos, chamou Dodi para as duas linhas de quatro, mas arriscou tudo com Gustavo Nunes e Nathan Fernandes: contra-ataque radical. Os argentinos viriam para cima com tudo, claro. Na primeira escapada, Gustavinho zuniu e achou Nathan. Gol. Épico. Uma jornada de orgulhar o torcedor. E para consagrar Renato.
Quanto mais batem, mais ele cresce. Em La Plata, imortalidade e Renato foram sinônimos.