Esta derrota do Grêmio para o Huachipato, por 2 a 0, e aquela na altitude, contra o The Strongest, têm nome: Juventude. O time da Serra impôs uma grande exigência para o Grêmio ser heptacampeão estadual. Em La Paz, teve de potencializar a chance de derrota usando reservas. Perdeu, como se esperava. Nesta terça-feira (9), na Arena, Renato começou o jogo sem Kannemann, Pepê e Pavon por desgaste.
Vou repetir algo que já disse: os reservas, no caso Rodrigo Ely, Du Queiroz e Galdino, rebaixam muito o padrão. Contra um adversário descansado e com média de idade de 24 anos, o Grêmio perdeu na força física. Cristaldo estava exausto. Mesmo assim, o Tricolor poderia no mínimo ter empatado, quando Renato arriscou tudo e empilhou atacantes. Ficou um jogo de várzea, no abafa, no volume, só com o coração na ponta da chuteira — e o Huachipato ameaçando no contra-ataque. Até fez o terceiro, anulado.
Penso que Renato errou ao começar com Soteldo, visivelmente sem condições, deixando Gustavinho no banco. Este, vamos combinar, não estava cansado, tem 18 anos. E, quando o jovem entrou no segundo tempo, Renato o colocou inicialmente na direita, onde rende menos.
Para não correr risco de fiasco na primeira fase da Libertadores, o Grêmio terá de somar 10 pontos (é o número mágico) em 12 a disputar, sendo dois jogos fora na sequência. Complicou. E muito.