Em primeiro lugar, é preciso dizer que nunca é fácil ganhar de qualquer Juventude no Alfredo Jaconi, e o Inter o fez com reservas. Teve alguma ajuda dos titulares nos últimos 20 minutos, mas quem abriu 2 a 1 foram eles, os bancários. Hyoran e Wesley, os autores dos gols na vitória por 2 a 1, são reservas.
Boa atuação? Satisfatória, eu diria. Longe daqueles 500 passes, no mínimo, exigidos por Eduardo Coudet para o tom passar por média. Foram pouco mais de 300. Mas é aí que está a grande notícia do Inter nesse Gauchão, comparado à fase classificatória do ano passado: o grupo. O Inter se qualificou. O sol entrou fértil na janela de transferências do presidente Alessandro Barcellos.
Sobrando, com força máxima, ou resolvendo problemas de cada partida com reservas sem o mesmo entrosamento, o Inter evoluiu. São oito vitórias seguidas e a melhor campanha, cinco pontos à frente do Grêmio. Sem sofrimento, sem dor, sem drama e administrando o fôlego das estrelas. Dando muitas chances aos reservas, Coudet ganhou peças que voltarão para o banco confiantes.
Wesley, que já começa a fazer sombra para Wanderson. Rômulo, Robert Renan, Bruno Gomes. O jovem Gustavo Prado, 18 anos, que só não foi o grande destaque por que Anthoni, dessa vez, mereceu o troféu. Saiu em falso uma vez, repetindo jogos anteriores, mas embaixo das grades teve atuação de luxo, com defesas dificílimas, de reflexo e talento. A vitória passou pelo goleiro do Inter.
O melhor time da primeira fase alcançou o primeiro lugar de maneira indiscutível. Agora vem a fase quente. É outro campeonato, a começar pelo jogo único das quartas, no Beira-Rio, contra o São Luiz, podendo até empatar.