Para além do resultado, o Inter jogou bem, finalizou bastante, ganhou com justiça e não foi ameaçado em momento algum pelo Caxias. O 2 a 0 no Gauchão e seus contextos só não veio antes por imperícia no penúltimo passe no primeiro tempo e erros individuais na hora do chute final.
Mas o ponto mais importante foi a flagrante evolução dos titulares a cada jogo (Avenida, Ypiranga e neste sábado), em primeiro lugar. Em segundo, a vitória com Eduardo Coudet testando formações diferentes, com outras peças, dentro do mesmo desenho tático e modelo de jogo.
Por fim, Lucca. Ele entrou no segundo tempo, no lugar de Hyoran. Mas não pela direita na linha de meias, e sim no ataque com Valencia, empurrando Bruno Henrique para o setor e recuando Alan Patrick de meia central. Deu muito certo. O viço e a alma de Lucca deixaram o time mais vertical. Lucca marcou um golaço de bicicleta (ou meia-bicicleta: golaço igual) e outro encobrindo o goleiro com leve toquinho.
Deu tempo até de dar chance ao meia Gustavo Prado, 18 anos, no lugar de Bruno Henrique. Ele entrou bem. Lucca e Gustavo.
Enfim, a base
Como critico há anos, nos meus espaços, o baixo aproveitamento da base, agora elogio com autoridade. Não sei se Lucca, para quem cobro chances desde o ano passado, será um ótimo atacante. Ou se Gustavo Prado vai se firmar. Mas eles têm de receber chances. O Inter vem sendo conservador nesse aproveitamento faz tempo, e não só nessa gestão.
Não sei se Coudet ganhou mais liberdade para usar os guris em razão da saída de Gustavo Grossi, argentino que veio a peso de ouro do River e tinha muito poder sobre tudo na base. O fato é que Gustavo Prado foi chamado e até entrou. Melhor para o Inter, que ganhou jogando bem e agora recebe Lucca e Gustavo Prado, da base, como alternativas reais, baratas, com seu DNA, para além de nomes tipo Jean Dias, 32 anos, do Caxias, no ano passado.