Futebol, mesmo, não houve. No sintético do Passo D’Areia não tem como. A bola só quica ou desliza. Não rola. É trombada e balão. Qual o mérito da vitória dos reservas do Inter sobre o São José por 1 a 0? Eles souberam dançar conforme a música.
E o prêmio pelo jogo feio, porém pragmático, foi a liderança tomada do Grêmio. Em vez da saída de três com passes, tome ligação direta, divididas e duelos aéreos. Houve momentos em que parecia balonismo.
A bola viajava, lá e cá, tipo tênis. Assim, no mesmo sistema, o 4-1-3-2, Rômulo não foi o 5 carteador, mas limpa-trilhos. Na Pedro Henrique e Lucca lutaram como gladiadores, deixando o drible para outro dia. Gustavo Prado, 18 anos, somou pontos. Disciplinado pela direita, foi dele a iniciativa que resultou no pênalti.
Será que De Pena, com esse gol, pode melhorar o mental e voltar a ajudar? Ele mostrou coragem. Pediu a bola de PH, que havia convertido a última cobrança. Bateu muito bem, firme, no canto, vencendo um pegador de penalidade, que é o goleiro Fabio. O uruguaio atuou como meia central, por trás dos atacantes. Foi bem, dentro do possível.
Dessa vez, os reservas jogaram pelo prato de comida, ao contrário de Bagé e Ijuí. Essa atitude fez diferença. A lamentar, apenas, o papelão de China Balbino e Coudet. Parecia briga de quinta série.
O Inter agora transfere a pressão para o Grêmio, que terá de ganhar do Ypiranga, em Erechim, com time reserva. Enquanto isso, o Colorado vai de força máxima no Beira-Rio contra o Brasil de Pelotas.