Sei que o time do Inter não é para cair. Também compreendo a questão do foco, depois de ter chegado tão perto do céu na Libertadores. Compreendo, por serem seres humanos, mas ficar remoendo derrotas é falha grave no espeto de alto rendimento.
O Inter está cheio de cascudos. Eduardo Coudet tem de liderar esta reação. Papel dele, de líder. Exemplo: chega de falar no Fluminense em qualquer cenário. Passou. Já está ficando até chato, com cara de chororô. A vitória do Cruzeiro sobre o Fortaleza, no Castelão, deve acender uma luz de alerta contra o Z-4. Cinco pontos separam o Inter da zona da degola.
Há apenas três clubes abaixo da linha de corte. Dois com um jogo a menos: Vasco e Cruzeiro, ambos com 40 pontos. Como eles se enfrentam, um deles pode ultrapassar o Colorado. Tem de abrir o olho. O futebol é traiçoeiro. Não perdoa quem deixa para depois.
Soberba
Temo pelo pecado da soberba no Inter. Sabe aquela história de “ah, é só foco: quando acelerar um pouco faz 7 a 1”? Aí é que o mora o perigo. O Grêmio, quando caiu em 2021, passou o campeonato todo achando que não tinha como cair. Quando se deu conta, já era tarde.
O Inter me parece muito tranquilo quanto a isso. Se perder para o Bragantino, no próximo dia 26, o jogo na Arena Pantanal vira filme de terror, mesmo com um Cuiabá turista, já sem risco de queda.