Mais uma vez, Grêmio e Inter não podem reclamar de nada. Escaparam de Flamengo, Atlético-MG, Fluminense, Corinthians. Até o Fortaleza seria mais pedreira do que Inter x América-MG e Grêmio x Cruzeiro.
Mais ventura para o Inter. Ainda que as oitavas de final da Copa do Brasil comecem daqui a duas semanas e muita coisa possa mudar até lá, o time do técnico Vagner Mancini é o lanterna do Brasileirão.
Na Sul-Americana, não é nem líder de seu grupo, empatado em pontos com o Defensa y Justicia e atrás do Millonarios, de Bogotá. Para completar, a ida é no Independência, cuja média de público é a pior da Série A. Sem caldeirão, portanto. No ano passado, não chegou a 2 mil pessoas.
A vida do Grêmio será mais difícil, mas só se comparada a do Inter. O Cruzeiro tem camisa pesada e tradição na Copa do Brasil, porém, recém voltou da Série B e fracassou rotundamente no Estadual. Foi eliminado na semifinal, com duas derrotas para o próprio América-MG, inclusive, embora já tenha vencido um Grêmio desfalcado neste Brasileirão.
Do desterro provincial para cá houve mudança de técnico, de Paulo Pezzolano para Pepa Marques. Jogador por jogador, o Grêmio tem muito mais qualidade. Enquanto a grife do Cruzeiro é Nikão, talvez Gilberto ou Ramiro, o Grêmio tem Suárez, Carballo, Kannemann, Bitello.
O sorteio poderia ser indigesto, mas foi bem palatável.