Fica até chato repetir todo ano, mas o gramado sintético molhado e a cena do funcionário com balde tirando água de poça exige a retomada. Compreende-se que o São José é um clube pequeno lutando com dificuldades financeiras para manter boas estrutura e gestão, capazes de garantir calendário na Série C e empregar muita gente. O piso artificial é mais barato de manter. As receitas são escassas. Feitas as vírgulas necessárias, é preciso dizer: não dá.
A bola não desliza no Passo D’Areia. De pé em pé ela vai quicando, transferindo o que ali se pratica em outro esporte, algo entre balonismo e rugby. As borrachinhas molhadas deixaram a “grama” escorregadia. Foi o não-jogo.
É injusto condenar Cristaldo ou quem quer que seja de ruindade nesse cenário. O São José, acostumado a jogar no estádio e bem treinado por Thiago Gomes, não soube decidir nas chances que teve.
Um raro contra-ataque dos reservas de Renato, gol de Galdino, selou a vitória por 1 a 0 e o 100% de aproveitamento no Gauchão.
Nada mal para um time em reconstrução total, do qual se imaginava dificuldades mais severas pelo desentrosamento mesmo no Gauchão.