Time por time, a Seleção Brasileira é melhor. É favorita para ir à semifinal. Taticamente, Tite recebe elogios dos europeus pela organização defensiva e ofensiva. Os vice-campeões mundiais mostraram poucos momentos de ótimo futebol nessa Copa. Passaram pelos japoneses nos pênaltis. Além de mais velhos, estão mais desgastados, enquanto o Brasil resolveu sua vida contra a Coreia em meia hora e depois treinou.
Do que temer, então? A Croácia exibe uma virtude que tem derrubado campeões no Catar: o controle total e absoluto dos nervos. A experiência e entrosamento desse time trintão ajudam. Se a Croácia tomar gol cedo, a porteira pode até abrir, mas não será por essa razão, e sim a força da linha de cinco do ataque brasileiro: Raphinha, Paquetá chegando, Neymar, Vini Jr. e Richarlisson.
Na Copa passada, a Croácia foi se arrastando até a final com empates e decisões nos pênaltis. Lembrando que vaga nas penalidades indica sangue frio. Contra o Japão, aqui no Catar, tomou o gol e seguiu como se nada tivesse acontecido até empatar. É uma escola de posse de bola, que sabe trocar passes.
Os croatas sabem conectar um contra-ataque. Não será tão fácil fazer perde-pressiona com Modric para ordenar a troca de passes, como foi diante dos coreanos. Perisic está com 33 anos, mas ainda é forte e veloz. Vale o mesmo para Kramaric, 31, goleador do Hoffeinhem e artilheiro mais jovem da história do Dínamo de Zagreb, onde surgiu fazendo gols aos 16 anos. Sendo assim, o Brasil não pode jamais achar que está tudo resolvido nem se estiver vencendo por 2 a 0, por exemplo. Confiança, mas com cuidados.