A explicação mais óbvia é que o Inter se sente à vontade quando é atacado e, a partir daí, buscar o espaço. Então o badalado Fluminense o ataca e apanha de 3 a 0 dias depois de o medíocre Melgar se retrancar e eliminar o time de Mano Menezes da Sul-Americana, nos pênaltis. A diferença do 0 a 0 com o Melgar e do 1 a 0 para o América-MG, você lembrará, é o gol achado nos acréscimos. É isso, certo? Seria muito simplório.
Por que o Inter, contra o Melgar, não pressionou a saída de bola como ontem, transformando a vida do Dinizismo em um inferno de Dante, contagiando 50 mil colorados e apavorando os peruanos do Interior? Podia ter sido assim, mas não foi. Estratégia? Não faz sentido.
O Inter travou. A perna pesou. A lucidez tisnou. A aplicação de domingo (14), lutando por prato de comida (a entrevista de De Pena falou tudo) a cada lance, faltou na quinta — seja marcando alto, como deveria ter sido, ou mais atrás, como foi. Mas por que, se o Melgar era muito mais importante do que o Fluminense? É a questão do jogo comum versus o definitivo? Freud talvez explicasse o Inter. Talvez.