O que esse jogador passou foi uma crueldade. Rodrigo Dourado recebeu perseguição como se fosse ele o único culpado pela fase sem títulos do Inter, e não a roubalheira dos dirigentes no rebaixamento, cujos efeitos seguem até hoje.
É campeão gaúcho e olímpico. Não sei exatamente como, mas parecia que setores do próprio Inter, não oficiais, vazavam depreciações para abonar as mudanças exigidas por Cacique Medina, entre elas Dourado como estorvo.
Um atleta que pediu para ficar e ajudar o clube a subir, em 2017, quando poderia aproveitar o ouro na seleção e sair. Teve propostas da Europa, por empréstimo. A melhora colorada com Dourado, ressuscitado por Mano, é uma maldade reparada.
Venho repetindo: se querem tirá-lo do time, já que decididamente não se trata de um Busquets, então contratem volantes melhores, e não piores do que ele, ainda que de outra característica.
Seus três belos gols na goleada de 5 a 1 sobre o 9 de Octubre viram, enfim, a página Medina. E livram o Inter do fiasco que seria eliminação na fase inicial da Sul-Americana.
Era contra inimigo quase amador e esgualepado? Sim, mas veio goleada, como manda o figurino, para melhorar a estima do elenco. Mano segue invicto.