O Grêmio começou a se mexer, enfim mostrando que não estava tudo tão bem. Manter a comissão técnica do rebaixamento soou como senha pelo tratamento conservador em vez da cirurgia.
Mesmo em fim de contrato, o adeus de Rafinha, Bruno Cortez e Diego Souza impactam. Havia especulação sobre manter os laterais, imagine. Uma das razões da queda foi justamente a terceirização do vestiário nas mãos dos experientes.
Dênis Abrahão acerta nos três. Talvez Diego pudesse ajudar na régua baixa da Série B, pelo fim de ano que teve, mas lembremos: durante a maior parte do tempo ele foi ator do rebaixamento. Parou de fazer gols. Engordou demais, o que é inaceitável para um atleta. Borja foi contratado e chegou fazendo os gols que ele não fazia. Só na reta final isso se inverteu, mas aí era tarde. Aos 36 anos e problemas com a balança, quais as garantias?
Se tem de cortar a folha pela metade, não tem jeito: a faca mira os graúdos — até para preservar outros, como Geromel e Kannemann. O trio cascudo (Cortez, Rafinha e Diego Souza) também estaria, junto de Douglas Costa, na linha de frente dos que derrubaram treinadores este ano. Um combo de motivos, enfim.