Paulo Paixão pediu demissão do cargo de coordenador e preparação física, ao fim e ao cabo, por cogitar uma mudança de geração no Inter. Esqueça os nomes citados por ele no privado, sem ofensa ou demérito a ninguém, que foram Patrick, Rodrigo Dourado e Víctor Cuesta.
Concentre-se no mérito. Ele está errado? Não.
Paixão é um vencedor. Sabe tudo de vestiário, formação de elenco, mentalidade ganhadora. Foi campeão mundial com o próprio Inter, inclusive, além da Seleção e quase todos os clubes onde trabalhou. Certamente, esse tema habita os corredores do Beira-Rio. A questão é: os nomes dessa mudança não precisam ser estes necessariamente?
Vale lembrar de nomes em tese condenados a perder que, logo adiante, com a reorganização do clube, tornaram-se vencedores. Foi assim como Marcelo Grohe e Geromel, no Grêmio. E se a reforma passasse antes por Lomba, Moisés, Rodrigo Lindoso e o oscilante Patrick?
A mudança de ciclo não precisa incluir Dourado e Cuesta, líderes experientes que sempre lutaram até o fim e nunca fraquejaram. Não é culpa de Cuesta e Dourado a fase sem títulos. Lembra quando Fernandão falou em zona de conforto? Caíram em cima dele. Ele tinha razão, viu-se depois.