O capitão Pedro Geromel saiu de campo, na derrota diante do Palmeiras, falando em seis vitórias para escapar, e não cinco, como se imaginava. É o cálculo do Grêmio, portanto, para se manter na elite do Brasileirão. É o que ele ouviu no vestiário. É um jogador maduro, experiente, padrão Copa do Mundo. Não doura a pílula. Está pronto para o que vier sem falsa expectativa do que deve ser feito.
É o cálculo de segurança que atormenta os jogadores, comissão técnica e torcida. Tem de vencer mais da metade dos 11 trabalhos (eram 12, mas o do Palmeiras se foi) de Hércules.
Se perder para o Galo na quarta-feira, como indica a lógica a qualquer adversário do Atlético-MG que não seja Flamengo ou Palmeiras, ainda mais no Mineirão com púbico, e se fracassar também no Gre-Nal, a conta passa para seis vitórias em nove jogos.
O torniquete vai apertando lentamente até o sufocamento completo, já que o time passou o campeonato inteiro no Z-4. Será importante torcer para Flamengo e Galo escalarem time reserva na reta final do Brasileirão, diante de uma temporada eventualmente resolvida, e o Bragantino ir de misto em razão da final da Sul-Americana.
Seria uma ajuda para alcançar três vitórias fundamentais na conta de Geromel. Porque se depender só do Grêmio, está cada vez mais complicado.
O pior inimigo do Grêmio é ele mesmo.