A lesão do ligamento do tornozelo de Borja, que talvez o tire de muitos jogos do Grêmio, se encaixa na perigosa tese da margem de erro para o Tricolor escapar.
À medida que o tempo passa e o time não sai do Z-4, sem engatar um trio de partidas com atuação decente, seja com três ou dois volantes, o funil vai estreitando.
Você olha para a tabela e marca um X no jogo no qual a vitória é inegociável, contra um adversário ruim como o Sport. Se o sucesso não vem, tem de buscá-lo com inimigos pesados.
Se o Grêmio não sair do Z-4 até lá, com alguma folga, dependerá dos jogos atrasados contra Flamengo e Atlético-MG para somar pontos, o que seria terrível.
Vale também para os jogadores. Borja se tornou a única alternativa de gol do Grêmio, a partir de uma simplificação ofensiva, quase que só erguendo bolas para a área.
Diego Souza, por ser reserva, perdeu ritmo e competição. Fico a imaginar o que será se lesões levarem Ferreira e Ruan.
Na reta final para escapar do terceiro rebaixamento, o Grêmio perderia o seu único zagueiro confiável e a solitária peça da jogada pessoal.
Quando vai se deixando para depois, tudo passa a ter de dar certo. Quase nunca tudo dá certo na vida. É a margem de erro espremida.