Claro que a atuação passou longe do ótimo, mas para a régua contra o rebaixamento em que Grêmio se meteu, é suficiente para somar pontos aqui e ali e escapar da tragédia. A vitória por 2 a 0 sobre o Ceará era vital. Adversários diretos como Cuiabá, Chape e América- MG venceram na rodada. Imagine o problema se o Grêmio não soma três pontos.
A boa notícia para o mundo tricolor é que o dever de casa veio com decisões acertadas de Felipão, tornando o time mais equilibrado. Uma delas foi manter Vanderson na direita, com Rafinha na esquerda. Não fazia sentido o veterano retomar a sua posição no carteiraço.
Outro acerto foi entrar com dois extremas (Alisson e Ferreira), um centroavante (Diego Souza) e um meia-atacante (Jhonata Robert). Pode-de discutir por que não Campaz, mas as decisões do técnico partiram do pressuposto do equilíbrio. Ficou um time com peças de características ofensivas, e não só aquela máxima de fechar a casinha e rezar por uma chance. Na hora de atacar, isso fez a diferença.
Houve mais gente adiante da linha da bola na hora de atacar. Felipão optou pelo time com o qual treinou, sem os selecionáveis Borja e Villasanti. Focou na repetição do trabalho da semana. Para este jogo, o paraguaio, somado a Thiago Santos e Lucas Silva, travaria o time quando a responsabilidade de buscar o placar era azul.
Em outras situações, certamente Felipão optará por se fechar. São partidas como essa, contra o Ceará, que o Grêmio tem de vencer neste ano emergencial, e soube fazê-lo de forma mais equilibrado. Eis a boa notícia, para além do necessário resultado.