A cada minuto que passa, mais sobram pontas mal explicadas e dúvidas sobre o modo como Maicon saiu do Grêmio. Não é um jogador qualquer, mas um dos Titãs da história tricolor. Não pode sair com um comunicado burocrático do clube informando sobre o desligamento, com um elogio aqui e outro ali. Onde está a solenidade que Maicon exige?
As partes têm de esclarecer. Ele disse que só falará na semana que vem. Deveria conceder entrevista já. A menos que esteja esperando para ver o que dirão os dirigentes. Este silêncio todo indica que o tal consenso pode não ter sido tão amável assim. Maicon e sua esposa se manifestaram nas redes sociais em tom enigmático, sem citar um cartola sequer, referindo-se mais à instituição e à torcida. Pode ser só impressão, mas senti certo tom de mágoa.
Não sei se pela última imagem (a expulsão enfurecida contra o Corinthians) ou as lesões que o impediam de colaborar como pretendia. Ou ainda, e aí seria grave, uma certa displicência do Grêmio ao lidar com a saída, tratando-o como mero salário caro a pesar na folha. De minha parte, penso que o fato de o time, com Felipão, estar voltando ao modelo força e defesa, abrindo mão da técnica e ataque, pode ter sido a gota d’água. Em forma ou não, não há lugar para mim neste Grêmio, deve ter pensado Maicon.
Se fosse consenso, por que tanto mistério e demora em falar?