Responda-me com sinceridade, feitas todas as vírgulas acerca do "Sobrenatural de Almeida". Você realmente acredita que o La Equidad, fundado e mantido por uma seguradora colombiana, e o Aragua, da combalida Venezuela amante do beisebol, podem fazer frente a Grêmio e Lanús na Copa Sul-Americana?
Em caso de "não", continue lendo.
Se for "sim", pode seguir também.
Essa competição é toda mata-mata para o Grêmio. Se não perder na Argentina nesta quinta-feira (29), decidirá a vaga nas oitavas de final em casa. Lembre-se: só o primeiro do grupo segue adiante. La Equidad e Arágua são coadjuvantes.
O risco está no binônio mudanças e começo de trabalho. Sim, Tiago Nunes vem para mudar. A marcação na bola defensiva parada já trocou, de individual para zona. Em Erechim, contra o Ypiranga, fez água. Normal. O ajuste demora.
Tiago exige mais força de marcação. Com a bola, ações verticais, sem tanta necessidade de rodá-la. Isso exige, antes da repetição que entrosa, fôlego. O Grêmio terá, se vem perdendo força faz tempo? Outra questão é o volante limpa-trilhos.
Com Thiago Santos de pára-raios à frente da zaga, Matheus Henrique e Jean Pyerre viram meio-campistas, alternando-se no vaivém do meio para frente. JP tende a sair mais, mas virá buscar jogo também, e aí Matheus terá de avançar. Alisson nunca brilhou, só que o seu lado operário ajudava. Leo Pereira precisará lembrar disso, além da jogada individual que Alisson raras vezes encarou.
Enfim: apesar da volta de Geromel para comandar a defesa e a bola aérea, são muitas mudanças com o carro andando. Um pragmático e conservador empate com o Lanús já está bom, para Tiago Nunes ganhar tempo de treinar e arrumar o Grêmio .