Nem vou falar mais de Brenno, Ferreira e Vanderson. Estes entram 2021 como titulares. Podem perder a posição? Sim, mas os outros é que terão de tomar o lugar deles na bola, sem carteiraço, e não o contrário.
Pedro Lucas, mais uma vez, mostrou que pode fazer sombra a Jean Pyerre e Piñares. Como o chileno estará muitas vezes a serviço da seleção de seu país nas Eliminatórias da Copa do Catar, é provável que o jovem campeão mundial sub-17 gremista seja opção para o segundo tempo de um calendário cheio. Um meia sem firulas, que prefere o passe imediato, sem dar tempo da marcação se aproximar.
Pedro Lucas erra a primeira e a segunda tentativa, mas na terceira pifa o atacante ou faz o gol, como contra Aimoré e São José. Com o tempo, terá mais regularidade dentro da própria partida, flutuando entre as linhas, sem ficar tanto de costas. É um estilo mais objetivo. Mas quero falar de outro jovem. Ele só é novidade para a torcida, que o viu pouco. Na CBF, é figura carimbada: Fernando Henrique.
FORÇA E PASSE LONGO - Toda vez que encontro o gaúcho André Jardine, técnico da sub-20, e falamos sobre a sua próxima convocação, o nome do volante potiguar Fernando Henrique, 19 anos (faz 20 em junho) emerge. Ele se mexe o tempo todo, tem mais o passe longo e, importante, encurta a marcação com voracidade. Morde até com certo exagero, às vezes.
Tem de ajustar essa parte. Perto de Lucas Araújo, é franzino. Mas parece ter tanta força quanto Lucas, agregando mobilidade. Em meia hora no Passo D'Areia, melhorou a dinâmica do time. Se receber chances e evoluir, pode ser o volante (caro, nesse caso) que o Grêmio procura no mercado. A base, sempre a base, a sinalizar soluções boas e baratas.