Quando o nome de Marcos Guilherme apareceu na escalação do Inter contra o Ypiranga, o torcedor deve ter pensado: "Ah, não: tudo de novo!". Calma. Sua aparição é apenas Miguel Ángel Ramírez tomando conta do vestiário.
Ele reuniu os jogadores e disse a eles que todos receberiam uma chance de se encaixar no novo modelo de jogo. Sem exceção ou privilégios. Todos. Ele, um estrangeiro, não poderia chegar em um lugar estranho e dizer "esse está fora porque me disseram que não tem mais jeito". Mesmo que ele mesmo tenha convicção disso.
Ramírez perderia o grupo antes de conquistá-lo. Não haverá cancelamentos sumários. Rodrigo Dourado, sim, receberá chance como camisa 5 para fazer a saída de bola também no passe longo, mesmo que o clube procure mais um nome no mercado.
Muito justo que a receba, aliás. O time mudará contra o Novo Hamburgo. É uma espécie de laboratório orientado. Ramírez está à procurado do time ideal. Ah: repare que Marcos Guilherme foi substituído por Patrick contra o Ypiranga, e o time melhorou. Perdeu sua primeira chance, ao passo que Patrick a aproveitou.