Poucos jogadores são tão diretos e sem rodeios quando falam em voltar ao Brasil como Taison. Agora mesmo, ele afirma sem intermediários que a seus agentes já estão conversando com a nova direção colorada. Esqueçam outros clubes no Brasil, diz Taison. Ele quer o Inter.
Como tem contrato até maio no Shakhtar, dá para projetar que, no mínimo, em cinco meses ele estará de volta, quando ficar livre. Ou antes, mediante alguma compensação com os ucranianos. Seria um enorme reforço para 2021.
Meia faz tempo, ocuparia a lacuna deixada por D’Ale. Seu biotipo e histórico de poucas lesões sugerem longevidade. Taison, que faz 33 anos em 13 de janeiro, ainda tem algumas temporadas em alto nível pela frente.
No tempo da TVCOM, lembro de chegar ao estúdio e ouvir o pessoal da técnica contar dos papos com Taison, antes dele entrar no ar. Se assunto fosse Inter, qualquer que fosse, topava participar. Fuso nunca era problema. Nem treino lá na Ucrânia, desculpa clássica quando algum jogador não está muito a fim de resenha.
Era como se matasse a saudade por Skype ou telefone, e olha que lá atrás a conexão era uma aventura. Queria saber de notícias do sub-17, do sub-15, de tudo que fosse possível de Inter. Uma década na Europa resolveram a parte financeira dos Barcellos Freda. Agora Taison quer POA e os amigos. A saudade de casa com a paixão pelo Inter são poderosos aliados. Na base, guri ainda, fugiu do Beira-Rio e voltou a Pelotas. Foi resgatado.
Sim, com esses aliados poderosos, a paixão e a saudade, é possível Taison voltar.
