Foguinho, como era conhecido Oswaldo Rolla, alcançou a marca de 383 jogos como treinador do Grêmio entre as décadas de 1940, 1950 e 1960. É o único hexa e pentacampeão em sequência do Gauchão.
Pois depois da façanha do tricampeonato em 2020, Renato Portaluppi baterá está na iminência do recorde absoluto de mais partidas como treinador. Foguinho tem 384, enquanto Renato soma 383. Diante do Guarani, do Paraguai, ele empatará com Osvaldo Rolla. Este, para quem não sabe, a exemplo de Renato, também foi jogador do Grêmio. Renato irá a 385, superando o mestre, contra o Goiás, pelo Brasileirão.
É uma façanha, pela importância de Foguinho para o futebol gaúcho. Ele foi uma espécie de inventor do que, durante muito tempo, e até hoje, em certa medida, se convencionou chamar de "estilo gaúcho". É aquela ênfase tática e física, sem medo de se defender com disciplina, essencial para enfrentar a hegemonia financeira e de Rio e São Paulo há mais de meio século atrás.
O curioso é como esses recordes chegam para Renato com curiosidade que parecem sob encomenda. Aquela história de ter estrela.
Renato estreou como técnico do Grêmio em 2010. Contra quem? Goiás, pela Sul-Americana. Chegou no aeroporto e comandou o time, praticamente. Foi quando ele disse a frase: "O que fizeram com o meu Grêmio?". Uma década depois, baterá o recorde de jogos no comando tricolor, já cheio de títulos, justamente contra o Goiás, em uma partida atrasada que pode recolocar o Grêmio na luta não apenas por G-4, mas pelo título.
Incrível coincidência, mas a trajetória de Renato no futebol é cheia delas.