Renato vivia um dilema. Mantinha o Grêmio conservador e para o gasto, mas sem vazar, como vinha acontecendo, ou retomava o modelo anterior, com dois extremas, um centroavante e apenas dois volantes, que fez dele campeão?
No Sala de Redação, disse que o Grêmio vestiu um santo e desnudou outro quando recorreu ao plano B. Se quisesse pleitear protagonismo, teria de voltar ao que sempre foi: ofensivo. Defende melhor no 4-1-4-1, mas ataca pior.
Contra o Coritiba, Renato arriscou. Se não fosse em casa, contra um Z-4, tendo de vencer, quando seria? Voltou ao 4-2-3-1, tirando Darlan. Sem Alisson, apostou em Luiz Fernando, que fez até gol.
Após abrir 2 a 0 em 12 minutos, o Grêmio arrefeceu a blitze e até correu certo risco, mas nada grave. O Coritiba lançou-se à frente com tudo, sem mais o que pensar.
A rigor, bastaram menos de 20 minutos de futebol ofensivo para o Grêmio ganhar. O Coritiba descontou na falha de Vanderlei, pelo alto. Dever de casa feito, após muitos insucessos na Arena.