Foi um Gre-Nal sem brilho, fraco, com poucos lances de ataque, reflexo das escalações e posturas das duas equipes, mais preocupadas em não perder do que ganhar. Emoção mesmo, só nas expulsões de Musto e Cortez. O empate em 1 a 1 teve até gols demais pela pobreza técnica. Ruim para os dois. O Grêmio se atrasou mais ainda na tabela. Para o Inter, ainda pior: lá se vão 11 Gre-Nais sem vitória, distanciando-se da liderança.
O primeiro tempo foi chato e sem luzes. Foi se arrastando no embalo do medo de perder dos dois times, sem jogadas de ataque relevantes. Muita marcação e transpiração. Pouca lucidez e talento. O Grêmio, com seus três volantes. O Inter, com Musto e a linha de três atrás dos atacantes (Edenilson, Boschilia e Patrick), sem infiltração. Galhardo e Diego Souza morreram de fome. O Grêmio teve menos posse de bola, mas quando a teve foi rondando a área do Inter, que por sua vez trocava passes entre os zagueiros. No segundo tempo, o Grêmio agrediu mais na postura. Funcionou. Os laterais subiram mais. Matheus Henrique e Darlan avançaram um tanto.
Nada grave, mas abrir o placar era obviamente uma questão de tempo. E o gol veio como nos últimos jogos do Grêmio, no talento de Pepê, cavadinha e gol após o pivô de Diego Souza. Um roteiro natural, pelo andamento da partida, na qual o Grêmio já finalizava mais, mesmo sem muito perigo.
Mas o Inter, nem isso. As chances de reação do Inter poderiam ter ido a zero quando Musto, a 24 minutos, mais uma vez, comprometeu. Ele agrediu Diego Souza sem bola e foi expulso. Por sorte, Cortez cometeu pênalti bobo, deixando o braço aberto dentro da área. Pênalti convertido por Galhardo, evitando uma derrota certa. Grêmio e Inter terão de melhorar muito se quiserem voos maiores na Libertadores e Brasileirão .