Junto ao torcedor, ninguém conhece o desembargador Guinther Spode, atual presidente do Conselho Deliberativo, ungido candidato à situação pelo MIG. Pois ele já merece meu respeito. É preciso muita resiliência para aceitar ser a quarta opção, atrás de Alexandre Chaves Barcellos, Giovanni Luigi e Francisco Novelletto.
Pela oposição, não é diferente. Nenhum nome é popular. Alessandro Barcellos (Academia Colorada e Convergência) foi secretário municipal em Porto Alegre e vice de futebol recentemente. É um cargo de exposição, mas ficou pouco tempo. José Aquino Flores de Camargo (independente) presidiu o Tribunal de Justiça e o CD.
Todos têm relevantes serviços prestados, sem dúvida, mas eles disputarão uma eleição insólita. Se o Povo do Clube também lançar o quarto candidato, igualmente não será um nome que esteja na boca do torcedor do Beira-Rio. Será uma pleito travado por desconhecidos.
O que o torna imprevisível como nunca aconteceu na história do Inter. Não duvido que, no pátio, a abstenção seja grande no voto direto entre os sócios. Nenhum nome empolga, o que não significa dizer que Gunther, Alessandro ou Aquino não possam fazer história. Nenhum gremista identificaria Romildo Bolzan na Rua da Praia quando quando ele foi ungido candidato por Fábio Koff, e foi precisamente ele que reconstruiu o Grêmio.
A oposição tem como trunfo os 11 jogos sem ganhar Gre-Nal e a seca de títulos. É aquela palavra mágica usada em qualquer eleição: mudança. A situação só tem uma saída, se o candidato for Gunther Spode: seus cabos eleitorais. Se Fernando Carvalho, Luigi e Novelletto fizerem fizerem corpo a corpo, podem alterar este cenário.
A pergunta é: estarão dispostos a colocar adesivo no peito e pedir votos?