Pressionada, a CBF anunciou a paralisação dos torneios sob sua tutela. Além dos protestos dos jogadores do Grêmio — o Vasco também entrou de máscara contra o Fluminense —, a entidade seria acionada na Justiça se cruzasse os braços. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais tinha tudo preparado para deflagrar briga no Judiciário, disse-me Décio Neuhaus, membro do STJD e coordenador jurídico da entidade.
Se as federações locais não seguirem o mesmo caminho, a Fenapan vai aos tribunais estaduais. A FGF decidirá hoje sobre o Gauchão. Certamente seguirá a tendência e suspenderá tudo.
Bom alarde
Inexistem mortes por coronavírus no Brasil, mas é justamente por isso que o futebol tem de parar por um tempo: para colaborar com a prevenção, impedindo o pior. Conversei com Sérgio Bechelli, ex-secretário estadual da saúde, que lidou com o surgimento da dengue e outros vírus, incluindo o H1N1.
Ele conta que o sistema de saúde da Itália é ótimo, mas cometeu um erro grave. Menosprezou o coronavírus. Só agiu com a situação descontrolada, e por isso chora milhares de mortes.
O Brasil tem de aprender com a tragédia italiana. O “alarde” (assim, entre aspas) é essencial para o Brasil não virar uma Itália.
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