Não é normal o que acontece com o jovem argentino por quem o Inter moveu mundos e fundos, inclusive brigando com a Fifa. Na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, a falha de Gatito no chute de Guerrero salvou. Do contrário, o assunto seria Sarrafiore, que nunca joga.
O bom resultado no Engenhão, associado a derrota do Goiás para o Fortaleza, praticamente garante a fase classificatória da Libertadores. Mas o Inter não pode enganar: no ano passado, terminou em terceiro lugar. É uma queda grande para este ano. O Botafogo é fraquíssimo.
Parece que o Inter, de um modo geral, tentar enganar a torcida sobre Sarrafiore. Vazam impressões internas dando conta de que ele não ajuda a marcar. Daí o termo "trabalhador", usado por Zé Ricardo para elogiar Parede. É uma clara indireta. Sarrafiore era o reserva de D'Ale, mas quem jogou na ausência do capitão? Todos, menos a jovem promessa. Só desculpas, uma atrás da outra. Sarrafiore virou um estorvo no Inter. A torcida quer saber quem ele é, mas o clube vai, aos poucos, fritando-o em fogo baixo. É incompreensível.
Missão para Coudet
Parede foi elogiado com razão. Só que uma grande atuação de Parede não vai além do nível médio e não tem gol seu. Lomba e a trave ajudaram a salvar. Somente a partir da troca de Patrick por Nonato, no começo do segundo tempo, a qualidade no passe e a transição melhoraram.
Patrick vai só na força, enquanto Nonato é bola, passe certo e na leitura tática. Mexe bem quem escala mal. Em algum momento, o Inter tem de pensar mais no talento, e não condicioná-lo a tudo, como se não fosse prioridade. Missão para Eduardo Coudet.