Quando saiu a escalação do Inter para enfrentar o Botafogo, neste sábado (30), no Rio de Janeiro, veio a surpresa: com D'Alessandro suspenso, Zé Ricardo optou por começar com Guilherme Parede e Neilton entre os titulares. Após a vitória por 1 a 0, o treinador explicou os motivos que o levaram a escolher os dois meia-atacantes.
— Pensamos algumas similaridades com a minha estreia em Salvador (contra o Bahia), sem o D'Alessandro. A ideia foi explorar o lado direto do nosso ataque, com o Parede, que é muito trabalhador. Às vezes contestado pela torcida, mas é um menino que cumpre funções. Sabíamos que seria um jogo tático e optamos por ele. O Botafogo foi melhor até os 25 minutos. Depois, fizemos uma movimentação, retomamos o tripé de meio-campo e crescemos. No cômputo geral, criamos bastantes oportunidades e tivemos um controle maior da bola. Foi realmente uma vitória muito importante para nós — analisou o técnico colorado.
Além de Parede, Neilton também foi muito elogiado por, na visão do comandante, fazer Guerrero subir de produção.
—Acho que o Neilton fez uma bela partida. Tenho falado constantemente com ele, para mantê-lo motivado, porque é um tipo de jogador que eu gosto. O Paolo (Guerrero) é um artilheiro nato e precisamos ter jogadores próximos dele. Tanto que é o quinto gol que ele faz comigo (na verdade, é o sexto). A ideia é dar continuidade a esse pensamento — avaliou Zé Ricardo.
Realmente, os números do centroavante peruano são interessantes. Se o rendimento do Inter sob o comando do novo treinador é apenas razoável, com três vitórias, três empates e três derrotas, precisa ser destacado o ótimo momento do camisa 9 desde que houve a troca no comando técnico colorado.
— Para mim, ele é um atacante finalizador, extremamente inteligente. Sabe jogar fora da área, tem nível internacional e provou isso jogando a Bundesliga (Campeonato Alemão). Entendo que é um jogador que precisamos municiar o máximo possível. Hoje (sábado), quando ele viu que estava com dificuldade entre os zagueiros do Botafogo, saía da área para dar espaço para o Parede. Tem um cognitivo muito alto. Quando trabalhei com ele no Flamengo, teve uma temporada muito boa. Espero que continue nos ajudando — concluiu Zé Ricardo.