Depois da derrota na final da Copa do Brasil, o Inter segue em sua derrocada. A cada novo jogo, uma atuação pior do que a anterior, cada vez mais confuso, apressado e sem confiança. Zé Ricardo errou na escalação. Tinha a chance de centralizar D'Alessandro e abrir extremas pelos lados, mas preferiu mudar tudo: 4-1-4-1 e tripé de volantes, com Lindoso, Bruno Silva e Patrick. Isso precisando vencer um time que briga para não cair, limitado e que falha demais.
Foi terrível. Time travado, lento, errando passes a valer. Salvou-se apenas Cuesta, ilha de inteligência e alma em uma equipe batida e sem desconfiada de si mesmo. Claro que o primeiro gol do Ceará nasceu no setor do perdido Pottker, do sonolento Uendel e do errático Patrick, em tese o mais protegido.
As trocas não vieram no intervalo, como se exigia. E, quando ocorreram, tiveram a marca de seis por meia dúzia: Wellington Silva e Parede. Deve haver algo com Sarrafiore, cujo talento foi engavetado no Beira-Rio. O Inter está perdido como nunca esteve nas mãos de Odair Hellmann. Demiti-lo foi um erro.