Nem parecia superclássico, e sim Gauchão. O River Plate fez 2 a 0 no Boca Juniores, no Monumental de Nuñez. Não levou o gol qualificado e só não goleou porque o goleiro Andrada impediu. Sempre há mística na Bombonera, claro, mas a diferença de nível entre os dois rivais argentinos se revelou medonha no primeiro jogo da semifinal da Libertadores.
Enquanto o River teve muito mais posse de bola e trocou centenas de passes, sempre com bola no chão, o Boca passou o jogo apostando só no contra-ataque e no balão para o pobre Ábila, transformado em um gladiador lutando sozinho, no corpo, contra marcação até tripla.
Enzo Pérez e Nacho Fernández, fazem a saída de bola, assessorados pelo talento de Palacios. De la Cruz vem buscar. Borré também. O Boca entrou na roda. E olha que Lucas Pratto só entrou no finzinho, para ganhar tempo. Matias Suárez saiu, e ele fez um belo jogo.
Borré, de pênalti, abriu o placar, a sete minutos do primeiro tempo. Nacho Fernández ampliou, na segunda etapa, em uma jogada de pé em pé desde a defesa, com o volante/meia infiltrando na área e finalizando. Um chocolate do River, que deve até ser comemorado pelo Boca, que escapou de ser eliminado nesta terça-feira (1°).
Tudo indica que Grêmio ou Flamengo enfrentarão o River na final. Só se o Boca jogar como nunca na Bombonera e o River pagar seu maior fiasco. Marcelo Gallardo, o técnico mais vencedor da história do River, vem aí de novo, e com elenco muito parecido ao do ano passado.