São dois campeonatos. Um é o do Flamengo, que joga em qualquer lugar e amassa o adversário. Pode ganhar só de 1 a 0, como diante da Chape, mas você olha os números e a realidade é sempre a mesma: mais posse de bola e um monte de finalizações e chances claras de gol. O Palmeiras e até o Santos podem buscá-lo, na matemática.
O problema é que o campeonato não é de matemática, mas de futebol. E, nesse quesito, ninguém chega nem perto do alto nível do Flamengo de Jesus. O outro Brasileirão é onde estão Grêmio e Inter, após os empates frustrantes da rodada: luta por vaga na Libertadores. A chance de título para os gaúchos, no mundo real, é nenhuma.
Ainda mais empatando em 0 a 0 com o Corinthians na Arena, como o Grêmio. Mais uma vez, o time de Renato se apertou contra um adversário fechado. Foi melhor, mas nada que configurasse o resultado um absurdo.
O Inter ficou no 1 a 1, no Mineirão. O VAR viu pelo em ovo e deu pênalti para o Cruzeiro. Prejuízo medonho, mas de novo o Inter saiu na frente com uma meia hora inicial de luxo e foi recuando até obrigar Lomba a operar seus milagres. Se vencer o retrancadão CSA de Argel em Maceió, este empate até ficará mais palatável. Mas, pela ruindade de um Cruzeiro em crise institucional e ética, muito candidato a rebaixamento, o Inter perdeu pontos em Belo Horizonte.