Quando os técnicos Renato Portaluppi e Jorge Jesus resolveram duelar em declarações sobre quem tem o futebol mais bonito do Brasil, se Grêmio ou Flamengo, chamei de clássico da soberba.
Uma brincadeira, claro. A regra da cartilha é um jogar o peso do favoritismo no quintal do vizinho, e nenhum deles foi no texto óbvio. Mas falei a sério quando cravei que ainda nos divertiríamos muito com tudo isso. Dito e feito.
O presidente Romildo Bolzan, em um evento para gremistas, ligado à política interna do clube, fez referência de usar a seu favor o clima de otimismo criado ao redor do Flamengo, ao qual chamou de soberba.
Seria um sentimento de “já ganhou” que nasce de uma torcida naturalmente festiva, mas que encontra espaço na imprensa, pelo tamanho da chamada “nação”, em outras palavras “audiência”. Depois, explicou-se: queria vacinar o Grêmio, lembrando da derrota para o Athletico-PR.
Não sei se Romildo convenceu, pois dirigentes e jogadores do Flamengo saíram a se explicar, alegando que não têm como controlar milhões de torcedores. Faz parte do show. Tudo vai se decidir na bola. Renato e Jesus apenas curtem uma polêmica verbal. Não têm perfil de armar ambientes de guerra.
Não falei que ainda nos divertiríamos com esse pré-jogo de semifinal de Libertadores? Encerrada a Copa do Brasil, será o assunto.