
O Grêmio não pisou na área do Palmeiras e por isso se enredou na velha armadilha de Felipão: fechado atrás, letal no contra-ataque. Perdeu em casa, 1 a 0, em síntese, por esse motivo. Resultado ruim para ir à semifinal da Libertadores, mas o Grêmio de Renato não costuma sentir fator local. Complicou, mas nada está perdido. E o jogo? Foi exatamente como se imaginava. O Grêmio teve a bola (70%), trocou passes e se mexeu. Finalizou mais, mas sem muito perigo.
O Palmeiras marcou forte, com linhas próximas, no seu próprio campo. Apostou tudo só no contra-ataque. Pois o gol de falta do Palmeiras, de Scarpa, na única finalização certa do time de Felipão até então, nasceu como? De um contragolpe. O Grêmio perde a posse, dá o espaço e Scarpa avança 40 metros até ser barrado. A cobrança foi violenta como talvez ele nunca tenha encaixado. Golaço, mas Paulo Victor vai ouvir: era defensável, por ser de muito longe. A bola não chegou em André. Nem em Tardelli, depois.
Preocupados com Dudu e William, Cortez (depois Capixaba) e Léo Gomes subiram pouco. Alisson e Everton tinham de cortar para dentro, e aí nem a drible venceram o paredão verde. Na segunda etapa, o Grêmio arriscou mais, ainda que levar mais um gol significasse o fim da linha.
O Palmeiras seguiu no seu estilo. Esteve mais perto de ampliar com Dudu, duas vezes. Maicon e Matheus, vigiados, não conseguiram ser volantes apoiadores. Não entraram na área. Jean Pyerre restou só na criação. A partir da expulsão de Felipe Melo, virou ataque contra defesa, com o Palmeiras dando bico para onde apontasse o nariz. Repito: complicou, mas não acabou.