Uma das maneiras de aprender é por eliminação.
O Grêmio, por exemplo.
O Grêmio não pode somar 20 finalizações e só fazer um gol de pênalti, como no empate diante do Bahia. Não pode deixar Jean Pyerre na reserva. Não pode decretar que ele, Luan e Tardelli brigam por uma única posição, a de meia central, se há poucos meses os dois últimos eram aclamados como polivalentes do meio para frente. André não pode ser o camisa 9 eternamente. Kannemann não pode, em Salvador, jogar tão mal como na quarta-feira (17), mesmo que compreensivelmente tenha sofrido com a falta de ritmo pós-lesão. Terá de achá-lo na Fonte Nova.
E o Inter?
O Inter não pode jogar fora de casa sem assumir risco algum, abolindo uma réstia de criação em nome de uma suposta fortaleza defensiva. Não pode deixar Guerrero, que responde com gols quando tem parceria, no Peru e no Inter do Beira-Rio, lutando sozinho lá na frente. Não pode tomar tantos gols de bola aérea (42,3% das 26 vezes em que a defesa foi vazada). Não pode mais retardar a urgência de encontrar um jeito de devolver a Nico López ao seu viés goleador. Desde que o time passou a jogar em função de Guerrero, seus gols sumiram.
Grêmio e Inter deveriam colocar em prática as lições do não já no fim de semana, mesmo com times mistos no Brasileirão.
O sim constrói; o não liberta.