Conversei com o presidente da Arena Porto-Alegrense, Mauro Guilherme Araújo, logo após o Sala de Redação desta terça-feira (9). Ele foi ao programa explicar, gentilmente, os motivos das más condições do gramado da Arena do Grêmio durante os jogos da Copa América.
Como se sabe, Messi, Suárez e, antes deles, Renato Portaluppi criticaram o estado do campo. Que, vale dizer, é essencial para o modelo de jogo tricolor, de muito toque e bola no chão.
Mauro afirmou que é a favor do gramado sintético. Não agora, obviamente.
Seria preciso de algum tempo sem uso para fazer a conversão adequada do natural para o sintético, em parceria com o Grêmio.
– Olha, digo a você que sou a favor do gramado sintético, neste contexto. Ele permite um uso mais racional, com tecnologia para não afetar a parte técnica do futebol, nos tornando menos dependente das questões climáticas. Não seria absurdo, é o que quero dizer. Existe em outros lugares. Mas vale dizer que também implica custos. Não é tão simples assim – afirmou Mauro, que prometeu um gramado natural já melhor do que o de Peru x Chile, na semifinal da Copa América, partida realizada há uma semana.
–Mas isso (uma eventual troca para o gramado sintético) é uma questão para lá adiante. Seria necessário amplo debate e consenso com o Grêmio. Teríamos de fazer isso, se fosse o caso, só no fim do ano que vem. Não é um processo simples. Nem seria para agora. Precisaríamos de 90 dias sem jogos, no mínimo, para tanto – explicou Mauro, lembrando que a grama plantada para o período de frio foi surpreendida com um calor acima do normal nesta época, antes de a onda gelada chegar, o que prejudicou o gramado, gerando as críticas de Messi.
Grêmio e Bahia se enfrentam nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Brasil.