Por mais deficiências que os uruguaios tenham exibido em Montevidéu, o Inter tem de encarar o jogo da noite dessa quarta-feira, às 19h15min, como se não houvesse amanhã. Não se brinca com a alma charrua.
Em 2011, o Inter empatou em 2 a 2 com o Peñarol. Na volta, saiu na frente, gol de Oscar, no Beira-Rio, mas levou a virada e foi eliminado: 2 a 1. Em 2006, ganhou do próprio Nacional, no Parque Central. A volta parecia protocolar. Que nada.
A classificação veio com empate sem gols, muito sofrimento e polêmicas de arbitragem. Tenho curiosidade de ver como será o xadrez dos treinadores.
O Nacional não sabe propor, mas está em desvantagem. Atacará, assumindo riscos? No Beira-Rio, o Inter acostumou-se a pressionar desde o início, mas não é isso que os uruguaios mais desejam?
A solução, para além da parte tática, é mental. Se o Inter se convencer da importância das lides operárias, na hora de marcar, mesmo que o Nacional seja inferior, sua tarefa tende a ser menos complicada. Equilibrado o jogo intenso da garra uruguaia, o talento dos jogadores do Inter decidirá. Vaga em quartas de final de Libertadores assoviando e chupando cana não existe.