Como já informei aqui em GaúchaZH, pouco antes da sólida vitória do Inter sobre o Bahia por 3 a 1, no Beira-Rio, a venda de Iago para o futebol alemão, provavelmente o Wolfsburg, está perto de ser anunciada. Sempre pode acontecer alguma virada na mesa de negociação, é claro, mas as conversas evoluem a cada dia.
O Inter pediu lá em cima por Iago: 10 milhões de euros. Fez o preço antes do Torneio de Toulon, na França. O Brasil está na final, contra o Japão. A promessa de 21 anos esteve em campo na semifinal, contra a Irlanda.
Iago é titular absoluto, o que aumenta a possibilidade de sair negócio por valores interessantes. Se não os 10 milhões, ao menos uma quantia acima da esperada antes da camisa verde-amarelo lhe agregar valor. E ainda tem o título no currículo, se vier.
A questão seguinte passa a ser: o que o Inter fará com o dinheiro que soprará vitalidade nos cofres colorados e credibilidade aos olhos do mercado?
A maior parte do dinheiro seria usado para aliviar as finanças: fluxo de caixa, folha salarial sem atrasos e custeio de uma temporada longa, cheia de viagens. Outra parte, menor, ajudaria a financiar uma providência imediata já definida: contratar um lateral garimpado no mercado. É aquela história que levou o Inter aos títulos na virada do milênio: vende por muito, compra por pouco.
Esse reforço para a lateral tanto pode ser direito quanto esquerdo. A polivalência de Zeca é uma arma para o Inter ir ao mercado com o dinheiro da venda de Iago. A ideia é contratá-lo o quanto antes, para que Odair Hellmann possa treinar com ele durante a parada da Copa América.
Alguém me perguntou se esse nome pode ser Fabiano, titular no ano passado, devolvido ao Palmeiras, que não aceitou emprestá-lo novamente. Não, o lateral a ser procurado com o dinheiro de Iago não será Fabiano. O Inter busca mais qualidade.
O Inter detém 60% dos direitos econômicos de Iago. Alcançaria R$ 26 milhões, portanto, tomando por base os 10 milhões de euros apenas como base. O negócio seria importante para o clube retomar credibilidade no mercado como formador.
A última grande venda foi Alisson, em 2015, para a Roma. Depois, em menor escala, foi a vez de William ir para o Wolfsburg. Isso em 2017. Faz tempo. O Inter, de fato, precisa arrumar dinheiro grosso com a venda de um jogador.