Em lances de impedimento, o VAR está sendo usado maravilhosamente. Erro zero em três rodadas de Campeonato Brasileiro.
Mas, na questão disciplinar, para flagrar agressões que valem expulsão diretamente, um dos casos previstos no protocolo definido pela Fifa, o VAR anda muito mal nos gramados brasileiros de pontos corridos.
Alexandro Pato levou cotovelada no pescoço, por trás, no alto, no empate do São Paulo com o Flamengo em 1 a 1, no Morumbi. Foi parar no hospital. Depois, o lateral-esquerdo Trauco aplicou uma tesoura medonha em Helinho, em contra-ataque da equipe paulista.
Na vitória do Fluminense por 5 a 4 sobre o Grêmio, na Arena, o atacante Guilherme, do Fluminense, tinha de ter sido expulso ao acertar Marinho após o ponteiro gremista entrar no lugar de Alisson. Ele talvez saísse livre na cara do goleiro, mas a jogada foi abortada com violência.
Em nenhum destes lances o VAR chamou o árbitro principal na salinha de vídeo, para conferir se era o caso de cartão vermelho diretamente. Se os lances fossem revistos, o trio iria para o vestiário mais cedo, com certeza.
O VAR pode e deve entrar com urgência nesses lances, antes que seja tarde e algo mais grave aconteça. O ajuste precisa ser feito. O pau está cantando.