O resultado do Gre-Nal não passou pelo apito. Renato poderia ter sido expulso ao bater boca com Cuesta, extrapolando o seu papel? Sim, poderia. A falta dura quase na linha da área, em Matheus Henrique, no segundo tempo, poderia ter sido marcada? Sim, poderia. Nenhum árbitro acerta todas.
Leandro Vuaden é um grande árbitro. Um nome nacional, com trajetória. Levou o escudo da Fifa mo peito durante anos. Ele arriscou tudo, ao manter seu estilo de deixar o jogo andar, sem marcar qualquer faltinha. Houve momentos em que o pau cantou, mas o jogo seguiu para os dois lados.
O VAR mandou bem. Foi acionado, dentro do protocolo, para ver se houve ou não cotovelada de André em Moledo, o que seria lance de cartão vermelho. Bem como manda o figurino. Vuaden foi conferir. A imagem é clara: braço aberto e falta para amarelo, mas sem agressão.
Reclamações de arbitragem? Existe algo mais rotineiro em 110 anos de Gre-Nal?
A obsessão do vestiário do Inter com Renato já é igual à do Grêmio em relação a D'Alessandro. Até hoje, o Grêmio diz que D'Alessandro apita Gre-Nal.
É uma boa medida acerca do que os dois ídolos representam para seus clubes. O Inter nunca vai reclamar que Cortez faz o que bem entende a cada clássico. O Grêmio nunca gritará aos microfones que Tréllez apita jogo.
Deve ser por isso que, nos clássicos, Renato e D'Alessandro conversam, trocam cumprimentos e riem juntos. Sabem que, de um jeito ou de outro, cedo ou tarde, serão assunto.