A maneira como o Inter se classificou às semifinais do Gauchão, correndo risco em casa diante do Novo Hamburgo, deve servir de lição. O time de Odair Hellmann, seja qual for a escalação, não pode abrir mão da intensidade. Sempre que joga em uma rotação mais baixa, tentando administrar vantagem, acaba se atrapalhando. Foi assim na derrota por 1 a 0 para o Noia. O 2 a 0 no Estádio do Vale salvou a pele colorada.
Não chegou a ser uma péssima atuação do Inter, com força máxima disponível. Houve jogos com vitória, no Gauchão, em que a atuação foi até pior. Mas é fato: ainda que o Noia tenha atuado por um prato de comida, sem nunca se abrir, beneficiado por um gol de bola parada, o Inter não exibiu aquela gana que sufocou o Alianza Lima, por exemplo. Ainda não é um time pronto e entrosado para vencer quando quer, poupando energias.
Sarrafiore atuou pela direita. Nico (marcadíssimo), pela esquerda. Edenilson e Nonato, por dentro. Era para ser uma equipe capaz de furar a retranca tocando bola, com Sobis flutuando. Se o time não jogasse quase caminhando em alguns momentos, certamente faria os gols.
A classificação com derrota, no placar agregado, deve servir de lição: o Inter não pode, jamais, abrir mão de seu lado operário.