Pode-se dizer que a goleada dos reservas do Grêmio sobre o Novo Hamburgo logo na largada da temporada é algo fora da curva. Mais razoável seria um jogo com muitas dificuldades. Os times do Interior compensam a inferioridade técnica com pujança física. O Noia, por exemplo, está treinando há 45 dias.
Mesmo assim, o campeão de 2017 só conseguiu enfrentar o time B de Renato no primeiro tempo. Que foi disputado, mas mas sem jogadas de ataque até o gol de Juninho Capixaba, no finzinho. A partir daí, o Noia avançou linhas e atacou o Grêmio. Pagou caro. Com espaço, a qualidade do elenco gremista liquidou o jogo. Foram praticamente quatro chances e quatro gols.
Jean Pyerre, salvo algumas desatenções na retenção de bola, algo fácil de corrigir, ditou o ritmo. Ele joga como quem distribui as cartas do baralho, sempre na mão do companheiro.
Matheus Henrique, burocrático no começo, soltou-se e entrou no área, exigência para sua função na dinâmica de meio-campo. Pepê foi o melhor, no lugar do lesionado Alisson. Deu assistência, ajudou Capixaba e fez o seu. A qualidade muito superior do elenco do Grêmio facilitou a fácil estreia no Gauchão. Mas o nome que anima a torcida é mesmo Jean Pyerre, o 10 clássico. Seu jogo de passe e lançamento flui. É só o começo, mas a primeira impressão foi interessante.