Não vai mais sair a grande festa dos 50 anos do Beira-Rio, comandada pelo mago Edson Erdmann, o mesmo que pilotou o espetáculo de reinauguração, em 2013. A casa colorada abriu portas às margens do Guaíba em 6 de abril de 1969. Comemora este ano o seu cinquentenário.
O projeto do aclamado diretor já estava em andamento, inclusive com a ideia de instalar no estádio o maior painel eletrônico do mundo, construído sob encomenda na China. Mesmo sem arcar com um centavo dos custos, o Inter decidiu mudar os rumos da celebração por algo mais simples, ainda a definir.
Motivo: foco total no futebol, segundo o presidente colorado.
Ocorre que o supershow seria em abril, durante as semifinais do Gauchão, em caso de classificação do Inter. O presidente Marcelo Medeiros ficou com receio de eventual prejuízo ao gramado. Ou até de perder o estádio em alguns jogos. A preparação não seria simples.
É a história clássica de cortar pela raiz a chance de corneta por festejar antes do tempo, em caso de derrota.
Como artista, Edson Erdmann ficou chateado, é claro. Já tinha mantido contado com muita gente. Jogadores, inclusive. Tinga era um deles. E outros. Mas, como torcedor, disse-me que compreende a posição do Inter.
Vi peças do espetáculo. Seria mesmo um evento de tirar o fôlego. Fica para uma próxima vez, enfim.