Dos 31 jogadores que hoje aparecem no site do Grêmio como integrantes do grupo principal, só 10 são oriundos das categorias de base. Só? Não, isso não significa menos formação.
Nos últimos dois anos, saíram Walace, Pedro Rocha, Arthur, Marcelo Grohe e Ramiro, que renderam muitos milhões de dólares e euros.
E olha que nem contei Jailson – e Bressan. O curioso é que, mesmo sem levar em conta esse necessário contexto, a dezena de jogadores com DNA tricolor em 2019 escancara uma das razões do retorno gremista ao caminho das taças.
Oito deles (portanto 80%) atuam do meio para a frente, entre afirmados e com boas chances de não morrerem na casca. São eles Matheus Henrique, Kaio, Lincoln, Jean Pyerre, Luan, Everton, Pepê e Vico – a lista se fecha com o goleiro Brenno e o zagueiro Thyere.
A rigor, do meio para frente, só o volante Kaio não nutre a simpatia da torcida, pelo que não rende quando recebe alguma chance. Lincoln já foi candidato a estrela, mas vem perdendo brilho. Vico é o que tem mais chão a trilhar.
O fato é que está na cara: o Grêmio acertou a mão nas categorias de base nos últimos anos, seja criando em casa ou garimpando pelo Brasil.
Quando foi campeão mundial em 1983, fechou o jogo contra o Hamburgo com Baidek, Paulo Roberto, Paulo César, China (que chegou ao Olímpico com 20 anos), Paulo Bonamigo e, claro, Renato. Mais de meio time.
O retorno do clube ao aos títulos tem tudo a ver com essa política.