Vou contar porque só um fiasco do tamanho do 7 a 1 tira do Palmeiras de Luiz Felipe Scolari o Campeonato Brasileiro deste ano.
Primeiro, o dinheiro. O que a Crefisa põe de grana no Allianz Parque não existe. Borja e Deyverson custaram R$ 50 milhões. Por Gustavo Scarpa, que nem titular é, mais R$ 23,5 milhões. Se um jogador dá errado, compra-se outro mais caro.
Só perder, com tanto poder econômico, seria constrangedor. E tem a tabela. Após encarar Atlético-MG em crise e Fluminense focado na Sul-Americana, os quatro últimos jogos do Palmeiras são contra Paraná, América-MG, Vasco e Vitória. Molezas, em tese.
Ao Inter, principal perseguidor, não basta empatar em pontos. É preciso mais. O saldo do Palmeiras é inalcançável. Por fim, o desempenho conspira em favor do Palmeiras, ainda que menos por méritos seus e mais por demérito dos outros.
Mesmo sem brilho e aquém do talento de seu grupo de jogadores, valendo-se da ligação direta e do jogo aéreo, o Palmeiras sobra na parada. São 17 partidas sem perder. Sofre nos clássicos, mas passa o carro nos médios e pequenos, salvo exceções.
Se não segurar este título, perdendo-o para o surpreendente Inter do jovem Odair Hellmann, após fracassar na Copa do Brasil e Libertadores, Felipão que se prepare.
Será um novo 7 a 1 em sua vida.
É o que Inter espera.