O Inter perdia de forma melancólica por 1 a 0 para os reservas do Atlético-PR até que o seu técnico, Odair Hellmann, tomou uma atitude corajosa diante de mais de 30 mil colorados no Beira-Rio. Tendo de virar, sacou Leandro Damião. Recebeu vaia imensa. Compreensível. Virar o jogo sem centroavante parecia invencionice aos olhos da torcida.
Mas o Inter começou a manter acesa a chama do título precisamente ali.
Com Wellington Silva, o time ficou movediço. Enfim, trocou passes. Movimentou-se. Foi outro jogo. O Atlético-PR até saiu na frente, numa infelicidade de Rodrigo Moledo, que marcou contra. Mas, a 34 minutos, de novo a estrela de Odair brilhou.
Ele tirou Gabriel Dias em nome de Rossi.
Gabriel Dias é um raro volante que não participa da transição. Só aparece, e pouco, na hora de defender. Mal toca na bola. Sem Gabriel, muito mal no 4-1-4-1 que funciona tão bem com Dourado, o Inter teve 11 jogadores. O que ajuda uma enormidade em um esporte competitivo e físico como é o futebol moderno.
O empate veio instantaneamente, com Rodrigo Moledo, passando de vilão a herói. Passe de quem? De Welligton. E a virada nasce das escolhas de Odair, nos acréscimos. Passe de Wiliam Pottker, que entrara no lugar de Juan Alano. Pênalti dessa vez inexistente em Rossi (a banca paga e recebe, como se comprova a cada rodada para todos os times), gol de um D’Alessandro protagonista e frio, nos acréscimos.
Quase impossível impedir o título do Palmeiras? Sim. A distância é de cinco pontos, e a tabela da equipe de Felipão é bem suave após a vitória de 3 a 2 sobre o Santos o fim de semana. Mas os três pontos somados pelo Inter diante do Atlético-PR, mesmo mais na raça do que na técnica, o deixa muito perto do G-4, com a vice-liderança. Praticamente com sua bandeira fincada, deixando a última vaga neste seleto grupo entre São Paulo (4º colocado) e Grêmio (5º).