Para as reflexões que o Inter tem de fazer até domingo (14), no jogo emblemático contra o São Paulo, interpretar alguns números pode oferecer caminhos. Em seu melhor momento, o da longa série invicta, ninguém roubava mais a bola do que o Colorado no Campeonato Brasileiro. Hoje, quem ocupa esta condição é o Palmeiras, com 529 desarmes.
O Inter caiu para o quarto lugar, com 480, atrás ainda de Flamengo e de São Paulo. Perdeu capacidade defensiva em relação aos seus concorrentes diretos. Patrick, que liderou com certa folga o ranking de desarmes durante quase todo o turno, caiu para terceiro. Rodrigo Dourado e Víctor Cuesta (este com o desconto da lesão e suspensões, claro) figuravam entre o top 10, mas já saíram dela.
Além de perder a condição de desarmador, o Inter se tornou o que mais perde a posse da bola, o que também tem a ver com a qualidade na transição. Já figurava nesse ranking, mas nunca no topo. Compensava com uma incrível capacidade de retomada.
Portanto, além de perder força para recuperar a bola, passou a entregá-la com naturalidade. Para se ter ideia do impacto disso, basta ver o top 5 neste quesito. À exceção do Inter, os outros são coadjuvantes: Santos, Corinthians, Paraná e Bahia.
É um processo coletivo, que não voltará por mágica. Não diz respeito apenas a A, B ou C. Contra o Bahia, em Salvador, o Inter entrou em campo sem Nico, D’Alessandro e Damião. O lateral-direito foi Dudu. Ganhou, e jogando bem.