O problema do Inter na Ilha foi menos a derrota e mais o rendimento. Foi a segunda derrota de virada para times ruins, com erros individuais e coletivos terríveis. Quando muitos caem de produção, a queda coletiva é inevitável. Vínhamos alertando no Sala de Redação. Não só Patrick vinha mal, mas Zeca, Pottker, Iago. Some-se a isso uma reposição que o Inter não tem para a zaga (Emerson e Klaus sofrem demais na transição) e temos um esboço de explicação.
De compacto, o Inter passou a espaçado, marcando mal. Já levou seis gols em quatro jogos. Chegou a ficar 8 sem vazar. Perdeu intensidade, uma de suas virtudes, talvez o alicerce de uma campanha fantástica no campeonato.
Odair Hellmann tem de levar seus jogadores para uma sala, trancar a porta sem dá-la nem a Rodrigo Caetano e ter uma longa conversa com eles. Onde está aquele time operário e confiante? Antes de pensar em somar pontos neste e naquele jogo, fazendo projeções, tem de colocar a bola ao centro. Ninguém desaprende.
O Inter nunca foi o Manchester City, mas mantinha uma regularidade de atuação. Que, nos últimos jogos, sumiu. Sem armador, com Patrick e Edenilson dividindo funções criativas com Nico, o time se tornou previsível para os inimigos. A menos que Patrick volte a ser Patrick, será preciso promover ajustes.