A melhor notícia da goleada do Grêmio sobre o Botafogo está numa palavra dita por Renato pouco antes de o jogo começar: confiança. Depois do gol nos acréscimos e a classificação na Libertadores quando tudo parecia perdido, ele entende que a retomada de confiança no próprio taco é fundamental.
Foi o que se viu na Arena contra o Botafogo, que pagou o pato. O 4 a 0 teve a marca da crença. Jael dando cavadinha no pênalti e tentando passe de peito no segundo gol é a prova. Ele jamais tentaria algo parecido antes do Estudiantes. Nem André entraria no segundo tempo dando carrinho atrás de espaço, marcando um gol de pênalti construído por ele.
Alisson agora chuta de fora da área com a certeza de que a bola beijará a rede. Renato escalou força máxima por isso. Para repetir atuação em alto nível, vencer de novo e ganhar confiança, jogando a Libertadores sem a pressão de, em caso de eliminação, perder o ano. A vaga de Libertadores pelo Brasileiro é uma garantia. E o Grêmio segue com pontuação de quem pode lutar por título.
O jogo deste sábado mostrou que Renato não pensa em grande invenções para repor Jailson. Mesmo que, a partir de saída de Maicon, com dores, na primeira etapa, ele tenha deslocado Ramiro ao lado de Cícero, apostando em Alisson de extrema no 4-2-3-1. O time melhorou muito. Ficou mais ágil. Mas, na entrevista, Renato classificou a alternativa como opção, frisando que antes tem os jogadores da função.
Os amistosos das seleções reforçam a tese. Alisson deve substituir Everton, mantendo Ramiro na direita, mais Cícero com Maicon no meio. A menos que a lesão de Maicon seja grave, o que traria Ramiro para dentro no Brasileirão, até o Atlético Tucumán.
Renato acredita que, com a confiança de volta, o time titular repetirá boas atuações como a de terça-feira não só contra o Botafogo, um time bem organizado por Zé Ricardo mas sem qualidade técnica, e sim diante de todos os adversários. Um time com Jael, Cícero e Léo Moura de titulares.