O gol de Edenilson no Gre-Nal 417 parece sorte de campeão só se não se examinarmos os números do Inter ao longo do campeonato. Ninguém finaliza mais de cabeça do que a equipe treinada por Odair Hellmann, convidado de ontem do Bem, Amigos, no SporTV. A vitória sobre o Flamengo por 2 a 1, antes do clássico, também veio com um cabeceio certeiro de Rodrigo Dourado, em cobrança de escanteio de Nico López.
O cabeceio que garantiu a vitória de 1 a 0 foi o 66º do time. Em seguida, Leandro Damião mandou a 67ª conclusão pelo alto. Marcelo Grohe espalmou. A ênfase na posse de bola, febre no futebol pós-Barcelona de Pep Guardiola, demonizou um tanto da força aérea, como se fosse algo menor. Não é.
A jogada aérea só é pobre se for a única. Do contrário, é repertório. Que pode render classificação em Libertadores, contra o Estudiantes, no caso do Grêmio. Ou vitória em Gre-Nal e liderança isolada, no caso do Inter.
Antes da bola chegar até Uendel para o cruzamento milimétrico, houve troca de passes. Que evoluiu desde a faixa central até o lado esquerdo. Não foi chuveirinho, e sim a busca da infiltração após trabalho na transição.
O segundo lugar em cabeceios no Brasileirão é do Cruzeiro (63), seguido de Bahia (62), São Paulo (60) e Botafogo (58).